Que mundo é esse em que as pessoas interagem como avatares? Em que compras e vendas acontecem por meio de moedas digitais? Em que os investidores compram terrenos virtuais — e ganham dinheiro com isso? Estamos falando do Mundo Metaverso, que está mais próximo do que você imagina.

Metaverso não é um conceito novo, mas vem ganhando atenção nos últimos tempos. Em 2021, Mark Zuckerberg anunciou que o conjunto de marcas do Facebook passaria a se chamar Meta, em alusão ao Metaverso que ele quer construir para o futuro. Depois disso, o assunto se popularizou — virou reportagem, motivo de debate e assunto em almoço de família.

Mas, afinal, o que é o Metaverso que tanto falam por aí? Por que é importante conhecer esse conceito? Se você quer que a sua empresa acompanhe as novidades e tendências do mercado, entenda agora o Metaverso e comece a se adaptar a essa nova realidade. Acompanhe agora para saber mais sobre esse assunto.

O que é o Metaverso?

Metaverso é um conceito que se refere a um universo virtual, viabilizado por tecnologias de realidade virtual, inteligência artificial, internet das coisas e blockchain, em que as pessoas interagem por meio de dispositivos digitais conectados.

Já faz alguns anos que os seres humanos interagem por meio de dispositivos conectados, certo? Quando você usa um computador ou celular com internet, é isso que acontece. A diferença agora é que estamos falando de uma realidade imersiva.

Você não vai interagir com o Mundo Metaverso apenas por meio de textos, áudios ou vídeos, com a intermediação de uma tela. Nessa nova realidade imersiva, as pessoas interagem como se estivessem lá com o seu corpo. Elas podem conversar com amigos, participar de reuniões, assistir a shows, fazer compras e até morar naquele espaço virtual.

Se você acha que esse tipo de tecnologia ainda está distante, perceba que já vivemos imersos em um mundo digital. Mas é claro que as tecnologias ainda tendem a evoluir e entrar nas nossas rotinas.

De acordo com o Statista, os números tendem a dar um salto nos próximos anos: o mercado em torno do Metaverso deve alcançar quase 680 bilhões de dólares em 2030, sendo que, em 2021, esse número era de 38 bi e, em 2022, espera-se que alcance 47 bi. Portanto, é um grande mercado potencial que a sua empresa deve acompanhar.

Como surgiu o Mundo Metaverso?

Embora o Mark Zuckerberg tenha colocado o Metaverso em pauta recentemente, esse conceito já existe há muito tempo.

O termo provavelmente foi usado pela primeira vez em um livro de ficção científica chamado de Snow Crash, em 1992. Naquele romance, o Metaverso se referia a uma distopia violenta, em que avatares programáveis interagiam em um espaço virtual tridimensional.

Embora essa não seja a realidade que queremos viver no nosso Metaverso nos próximos anos, a ideia já inspirou outras criações no universo do entretenimento. Livros, filmes e jogos já exploraram esse conceito de universo virtual e interação por meio de avatares.

Talvez a criação mais próxima à ideia atual de Metaverso tenha sido o Second Life, lançado em 2003. Nesse jogo, as pessoas podiam ter uma “segunda vida” em mundos virtuais 3D, com suas casas, famílias e atividades diárias. Porém, caiu em desuso no Brasil ainda nos anos 2000.

Nos últimos anos, vimos surgir outras plataformas de jogos digitais que exploram o Metaverso, como Minecraft e Fortnite. Perceba que o conceito é bastante comum no universo dos games. Porém, o Metaverso nos próximos anos tende a ir muito além do entretenimento.

As tecnologias que compõem o Mundo Metaverso

Diferentes tecnologias viabilizam o Mundo Metaverso. A seguir, vamos explicar quais são as principais. Confira:

Realidade Virtual

As tecnologias de realidade virtual (virtual reality ou VR) transportam os usuários para dentro de um cenário totalmente virtualizado.

Geralmente você pode fazer isso por meio de óculos ou telas, em dispositivos conectados à internet, que dão a sensação de que você está dentro daquela realidade interagindo com o ambiente, as pessoas e os objetos.

Realidade Aumentada

A realidade aumentada (augmented reality ou AR) é muito próxima da realidade virtual. Utiliza também óculos ou outros dispositivos conectados para criar uma nova realidade virtual.

A diferença é que apenas são inseridos alguns elementos digitais em um cenário real, como se fizessem parte dele. É o caso, por exemplo, do aplicativo Pokemón Go, que coloca os personagens em ambientes reais da cidade.

Blockchain

Blockchain é uma estrutura de dados que realiza um registro público de transações. Utiliza a tecnologia de criptografia e um modelo de funcionamento em rede que garantem a segurança e a eficiência das transações, sem a presença de intermediários.

O blockchain já é usado em transações virtuais, como no comércio de NFTs e investimentos em criptomoedas (que vamos conhecer logo mais).

NFTs

NFTs são tokens não-fungíveis. Apesar do nome complicado, fica mais fácil de entender o que é NFT dizendo que é um registro público de autenticidade e propriedade de um ativo digital, protegido por criptografia e transacionado por um blockchain.

Embora o NFT seja apenas o registro, é comum utilizar o termo para se referir ao ativo que é comercializado, como obras de arte, músicas, vídeos, recursos de games e outras criações digitais.

Criptomoedas

Criptomoedas é o tipo de dinheiro que você provavelmente vai usar no Mundo Metaverso. São moedas virtuais, usadas para fazer transações de bens digitais, sem necessidade de dinheiro físico nem intermediadores. Elas também utilizam o blockchain e a segurança da criptografia.

Além de serem usadas para realizar transações, as criptomoedas também se popularizaram no mercado de investimentos, como uma forma de ganhar dinheiro com a sua valorização.

Como usar Game Marketing dentro do Mundo Metaverso?

Os jogos digitais estão na essência do Mundo Metaverso. Como você já percebeu, são as plataformas de games que inauguram as principais ações das marcas no metaverso. Portanto, o Game Marketing pode também ser a sua porta de entrada nessa nova realidade.

Você pode desenvolver advergames que criem realidades imersivas com personagens e desafios. Outra possibilidade é investir em in-game advertising, que consiste na inserção da sua marca na realidade de algum jogo, com a inserção de banners ou o uso dos seus produtos pelos avatares.

Empresas que já adentraram no Mundo Metaverso

Se você ainda quer entender melhor como aproveitar o marketing no Metaverso, é bom ver o que algumas marcas já estão fazendo por lá. Ainda são apenas grandes marcas que investem nisso, mas já dá para ter como exemplos.

A Gucci, por exemplo, criou uma experiência imersiva da marca no Roblox, que é uma das principais plataformas de games que trabalham com o metaverso. No Gucci Garden, lançado em maio de 2021, os usuários podiam participar de uma exposição virtual, entrar em salas temáticas e experimentar roupas e acessórios, além de comprar itens virtuais da marca.

Com esse case, perceba que você pode também criar uma experiência que aproxime os usuários da sua marca e do seu universo de referências e valores. Além da venda de produtos virtuais, você também pode fortalecer o seu branding e o seu marketing no metaverso.

Outro exemplo é o show do rapper Emicida no Fortnite, realizado em abril de 2022, que também movimentou o mercado do metaverso. Os usuários podiam assistir à apresentação em diferentes cenários, que também proporcionavam uma experiência imersiva com o cantor.

Veja, por exemplo, que você também pode promover eventos, shows e festivais ou investir no patrocínio desse tipo de criação.

A imagem mostra uma mulher sentada em uma poltrona com óculos de realidade virtual e segurando um sapato.  Na frente dela há um cartão de crédito virtual, simulando o consumo no Mundo Metaverso.
As marcas possuem muitas formas de atuar dentro do Metaverso, que vão de fazer anúncios a oferecer acessórios em lojas virtuais

Como se preparar para fazer parte do mundo Metaverso?

O Mundo Metaverso ainda está se consolidando. As plataformas ainda estão surgindo, as pessoas ainda estão descobrindo e as marcas ainda estão se adaptando. Então, é hora de também começar a se preparar para essa nova realidade, antes mesmo de começar a pensar sobre formas de fazer o seu marketing no Metaverso.

E como você pode adaptar sua marca para um cenário relativamente novo e que promete muitas mudanças? Pode parecer direto, mas um dos primeiros passos é entender o contexto digital e como ele vem se transformando de um tempo para cá. 

A Media.Monks, grupo do qual a Raccoon.Monks faz parte, é referência em relação ao universo digital e em soluções que fazem marcas construírem relação com seus públicos que vai além de venda – soluções pautadas em Experiência, Comunidade,  Propriedade e Identidade. 

Em parceria com a equipe de Business Consulting da Media.Monks Brasil, resumimos para você esses quatro importantes pilares e a importância que eles possuem no cenário de Transformação Digital e no Metaverso. Confira abaixo!

Experiência 

Em um mundo onde milhares de marcas disputam diariamente a atenção dos consumidores através de anúncios interruptivos ou uma sobrecarga de notificações, a experiência passou a ser um fator-chave para marcas que realmente desejam se conectar com o público. 

Isto porque o público de hoje busca significados nos canais e comunidades digitais onde se envolvem – em outras palavras: as pessoas não estão apenas em busca de um produto/ serviço legal, postagens ou anúncios padrões não chamam mais tanta atenção e o posicionamento da marca em meio a assuntos ou causas são determinantes para a relação com o público. 

Logo, marcas que desejam se sobressair e até mesmo embarcar no mundo do Metaverso precisam colocar a experiência das pessoas como prioridade, precisam pensar na experiência como um vetor de valor. Ainda mais quando abordarmos NFTs, é crucial uma experiência encantadora para que as ações de uma marca não sofra com a volatilidade do mercado. 

Comunidade 

Quando abordamos o fator de experiência é quase que inevitável não abordarmos o de Comunidade – afinal, quem nunca passou por uma boa experiência com um produto, serviço ou marca, e não contou ou recomendou para amigos ou familiares?

Essa atitude já conhecida como “boca a boca” ou Buzz Marketing é natural, com  toda a aceleração da transformação digital ela está se fazendo ainda mais presente e determinante na jornada de compra das pessoas. 

Em um relatório a Forrester, Mike Proulx observa: recomendações de outras pessoas sempre se classificaram superior à publicidade quando se trata de influência de compra, e isso é particularmente verdadeiro para a Geração Z.

Para termos apenas uma dimensão, 47% dos adultos da Geração Z dos Estados Unidos afirma que confiam muito em recomendações de amigos ou familiares ao realizarem compras, em comparação com 31% da Geração X e apenas 19% dos Baby Boomers.

Sendo assim, podemos perceber que comunidades, sejam elas de amigos, familiares, fãs de uma marca ou produto, etc., possuem um peso enorme na tomada de decisão dos consumidores. 

No fim, experiências e comunidade estão diretamente ligadas, essa junção é capaz de transmitir os valores de uma marca de forma orgânica dentre aqueles que vivenciam a experiência do Metaverso. 

Propriedade 

Vale lembrar que a experiência de consumo habilitada pelo blockchain e NFTs é completamente diferente do que estamos acostumados. Do seu avatar ao mundo onde ele está inserido, tudo é passível de se ter: a experiência é repleta de colecionáveis, que alavancam o senso de comunidade por conferir status àqueles que conseguem, e por sua vez retroalimenta a experiência como algo ainda mais encantador.

Se na vida real os produtos do dia-a-dia tendem a perder valor conforme você usa, no metaverso é diferente: cada NFT tem um potencial infinito de valor – seja porque o item em questão é escasso, e da escassez da oferta a demanda dispara; seja porque aquele item casa com uma tendência emergente que está todo mundo procurando.

Assim, além de desejável, viável e factível, pense em um quarto elemento para a criação da sua oferta: será que, para este determinado contexto, a minha experiência será “valorizável” com o tempo?

Para os anunciantes, fica a missão: como transportar os valores da sua marca em um item almejado pelos consumidores, que potencialmente tem ainda mais valor depois da compra, gerando longevidade para os NFTs criados para o metaverso?

E baseado no que vemos até agora, vale de tudo: desde experiências que concedem edições limitadas do seu produto no metaverso, até o encontro entre o físico e digital em ativações híbridas de consumo. Ser verdadeiro com o valor que sua empresa gera – ou quer gerar! – na experiência de seus consumidores é a chave para destravar a vontade de colecionar cada pedacinho da sua marca.

Identidade

Aqui entra o último ingrediente: ter experiências encantadoras que reverberam para a comunidade e alavancam a vontade de ter cada pedacinho colecionável compõem um senso de identidade para cada usuário. Ou seja: os seus NFTs dizem algo sobre você.

E por mais digital que seja, os mecanismos que criam identidade no metaverso são os mesmos seculares do mundo real. Os colecionáveis da sua marca precisam ser distintivos, escassos, chamativos. Ao mesmo tempo, entendem com precisãoo momento da comunidade para se conectar com os seus assuntos e serem desejados.

Atrelados à experiências inusitadas, os NFTs da sua marca – com uma menção honrosa para as edições limitadas! – devem então ajudar o usuário a compor a persona digital de seus consumidores – e, no caminho, aumentar ainda mais o valor gerado para quem já embarcou no metaverso.

Entenda o comportamento do consumidor

Comece a se preparar para o Metaverso entendendo como as pessoas se comportam lá e quais são as expectativas delas ao entrar em uma realidade virtual. É preciso entender, por exemplo, porque as crianças podem preferir comprar um tênis virtual do que um tênis físico.

Como em qualquer estratégia de marketing, você precisa alinhar suas estratégias ao que os consumidores demandam. Isso vai ajudar a sua marca a ser relevante no Mundo Metaverso.

Consolide as suas plataformas digitais

Um requisito para entrar no metaverso é ter uma presença digital consistente no cenário atual. No Mundo Metaverso, você vai dar muitos passos adiante no marketing digital, por isso é importante ter uma base sólida com o seu site, e-commerce, redes sociais, anúncios digitais, e-mail marketing e parcerias com influenciadores.

Portanto, prepare essas plataformas para avançar. Tenha estratégias e ações consolidadas nesses canais para que você possa levar seu público também para o Metaverso.

Por enquanto, o Metaverso pode ser considerado um local de aprendizado

Entenda o Mundo Metaverso como um local de aprendizado

O Metaverso é novo para todo mundo. Não tenha medo de entrar e experimentar. Essa realidade é um novo ambiente de consumo e relacionamento que as marcas ainda precisam explorar muito para compreender profundamente e ter bons resultados de marketing e vendas.

No podcast Raccoonversa #26, falamos sobre como as marcas estão explorando o Mundo Metaverso, com erros e acertos nas suas estratégias. Confira!

Quer preparar a sua empresa para entrar no Mundo Metaverso?

O Metaverso pode ainda não ter se massificado, mas as tendências apontam que essa nova realidade pode desabrochar nos próximos anos. Então, a sua empresa não vai querer ficar para trás, não é?

Se você quer se preparar para o Mundo Metaverso, a Media.Monks e a Raccoon.Monks te ajuda a definir a melhor estratégia para o seu negócio colher as oportunidades desde já. Conte conosco para preparar as suas plataformas digitais e começar a desenvolver estratégias e ações nessa nova realidade virtual.

Escrito por:

Paula Ribeiro

Especialista de Conteúdo na Raccoon, tetracampeã do prêmio de Melhor Agência de Marketing de Performance do Brasil pela ABComm (2015, 2016, 2017 e 2018) e melhor da América Latina no Google Premier Partner Awards.

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